O princípio do preparo espiritual do pregador

Jubal Gonçalves
4/2/2019
Homilética

O mensageiro precisará do auxílio do Espírito Santo para interpretar e expor o texto sagrado. Os pregadores que desejam ser fiéis a Deus devem buscar falar da parte dele através de uma boa exegese do texto e da iluminação do Espírito Santo, a fim de falarem apenas o que o Senhor revelou nas Escrituras, nem mais nem menos.

A transformação do coração humano não é operada mediante a eloqüência do pregador e, sim, pelo poder da Palavra de Deus, aplicado através do Espírito Santo. A atuação do Espírito não é apenas importante, mas indispensável na elaboração, entrega e recebimento da mensagem divina.

Com respeito à importância da obra do Espírito na entrega da mensagem pode-se afirmar que o sermão se inicia no gabinete pastoral antes de terminar no púlpito. Todo pregador responsável deve preparar-se previamente, tanto acadêmica quanto espiritualmente para pregar, ao invés de apenas proclamar: “O Senhor me revelou”. Quando se afirma que o sermão começa no gabinete quer-se dizer que a mensagem é dinâmica e que o Espírito usa o preparo do mensageiro para que o sermão seja eficaz e fiel à Palavra. Paulo dependia do Espírito para pregar (Rm 15.19) e o próprio Senhor Jesus desempenhava seu ministério no poder do Espírito Santo (Lc 4.14).

Não se pode ignorar, também, que a eficácia da mensagem depende da atuação do Espírito tanto no mensageiro quanto no receptor. O ouvinte precisa se preparar para receber a mensagem. O fato de o Espírito Santo não mover o coração de alguém para atentar à mensagem bíblica não isenta essa pessoa de responsabilidade por não ter se preparado para recebê-la.

Portanto os pregadores precisam se esmerar no estudo e orarem, entendendo que dependem do Espírito para interpretarem, prepararem o sermão homileticamente e entregarem a mensagem do Senhor.