Algumas funções da aplicação de sermões

Jubal Gonçalves
5/11/2018
Homilética

A primeira função a ser destacada é que a aplicação cumpre a obrigação da exposição em ensinar. A pregação não tem o propósito de exibir a erudição do pregador, ou apenas dirimir as dificuldades do texto. Um sermão por mais fiel que tenha sido ao texto bíblico, se não tiver aplicação não cumpre esse propósito.

Uma outra função da aplicação é justificar a exposição. Um sermão não deve ser pregado porque é domingo apenas ou porque o texto jamais foi exposto pelo pregador, mas deve ser pregado para transmitir uma mensagem específica. Portanto, a aplicação à realidade da congregação, ou às diversas situações representadas pelos ouvintes deixa clara a necessidade que determinado sermão teve de ser exposto. Com isso não estamos dizendo que o sermão deve ser pregado por falta de coragem do pregador em tratar qualquer assunto pastoralmente com alguém. Pastores não devem encomendar mensagens, mas se é legítimo tratar do púlpito de assuntos que envolvam parte de uma congregação.

Portanto informação sem aplicação gera frustração. Um sermão bem elaborado carece de aplicação boa e apropriada. Não desperdicemos nosso trabalho exegético com a ausência de aplicação em nossos sermões. Não façamos das nossas pregações mero trabalho informativo, pois é inteiramente possível e necessário conciliarmos academicismo com praticidade.