A centralidade das Escrituras resgatada pela Reforma Protestante

Jubal Gonçalves
28/5/2019
Homilética

O período da Reforma teve por base o princípio da centralidade da Bíblia, suscitando o princípio bíblico da importância de uma exposição fiel ao texto sagrado.

Princípios como Sola Deo Gloria, Sola Gratia e especialmente Sola Scriptura foram fruto de um estudo profundo das Escrituras. Martinho Lutero, por exemplo, se converteu em meio a seus esforços para aprender e expor o texto bíblico.

O conceito calvinista e reformado acerca da natureza da pregação é derivado do conceito reformado de Palavra de Deus, que é o seguinte: A Bíblia é a Palavra escrita; Cristo é a Palavra encarnada; a Santa Ceia é a Palavra representada e a Pregação é a Palavra proclamada.

A partir desse princípio conclui-se que pregação deve conformar-se ao texto sagrado. Calvino considerava que a atividade primordial do pastor é expor com simplicidade e fidelidade as Escrituras, sendo voz de Deus. Daí o reformador ter ensinado de que o pregador é o servo da mensagem.

Entretanto, não há dúvidas de que a leitura e exposição das Escrituras devem estar no centro do culto público. Toda liturgia deve estar baseada na mensagem pregada.

Os cânticos e as orações têm sua importância fundamental no culto público, mas a pregação é que deve orientar cada parte da liturgia, de modo que a leitura e exposição do texto bíblico sejam o clímax da adoração pública. Os cânticos e hinos é que devem estar de acordo com a mensagem e não o contrário. O tempo da mensagem é prioridade e não as demais partes, embora seja necessário o bom senso nesse quesito.

As Escrituras são a Palavra de Deus e não há nada mais importante no culto público do que sua leitura e exposição. Que a pregação continue sendo o centro de nossas celebrações. Que os pastores se esmerem nesse trabalho e que a igreja anseie pela mensagem pregada em nome de Jesus. Amém.